Abdominoplastia e gravidez: É possível conciliar?
Por Melissa Ziller
A gravidez, geralmente, gera algumas inseguranças entre as mulheres quando o assunto é estética. Durante a gestação, todo o corpo se adapta para receber um novo ser, inclusive o abdômen. Embora após esses 9 meses o corpo feminino retorne ao seu estado anterior, nem sempre o resultado é o esperado, principalmente quando se trata de várias gestações.
Esta distensão abdominal chama-se diástase abdominal, e consiste no afastamento dos músculos abdominais e do tecido conjuntivo, geralmente ocasionado pela gravidez devido a fraqueza abdominal, mas também pode ser gerado por outros fatores.
Portanto, é comum que mulheres desejem fazer a abdominoplastia após a última gestação. Contudo, recomenda-se que haja um intervalo de mais ou menos 12 meses entre o parto e a abdominoplastia, principalmente se o parto tiver sido através de uma cesariana, pois é necessário que o corpo se recupere por completo.
Algumas pacientes que realizam a abdominoplastia, questionam quanto a possibilidade de uma nova gestação. Entende-se que a cirurgia não impede uma nova gestação. Contudo, o resultado só será preservado se nesta nova gestação a paciente em questão controlar seu peso, e mesmo com o peso controlado o resultado da abdominoplastia pode ficar comprometido. Por isso, recomenda-se que se realize tal cirurgia após todas as gestações.
Além disso, uma dúvida frequente entre as lactantes é em relação à possibilidade de realizar a cirurgia mesmo amamentando. A amamentação vai ter um reflexo maior nas mamas, o reflexo no abdômen é mínimo. Contudo, após a realização da abdominoplastia, a paciente fica um período sem poder pegar peso, ou fazer força sob o abdômen, e o ato de segurar um neném no colo pode ser prejudicial no processo de cicatrização. Recomenda-se que finalize esse processo antes de realizar esta cirurgia, mas se necessário deve-se utilizar outras formas de fornecer o leite materno, como por exemplo através da ordenha.
